domingo, 23 de março de 2014

ANALISE - KYLIE MINOGUE



Todo gay tem uma DIVA, isso é fato. Não vou nem discutir o que uma deve fazer para se tornar uma ou comparar umas as outras, isso vai mudar de acordo com cada pessoa, mas ao meu ver ela tem que inspirar, seja pela sua personalidade, letras das músicas, roupas, coreografias, enfim, uma série de fatores que fazem seu público a seguir.

Minha DIVA, pode perguntar para quem quiser desde sempre, é a Kylie. Não escolhi segui-la, foi uma coisa natural, pois tudo que envolvia seu nome, musicas, vida pessoal me chamava atenção, sua música é uma qualidade ímpar. Daí em diante foi um pulo para me tornar fã mesmo, desses de correr atrás de tudo, CDs, clipes, imagens e fatos sobre ela, e a cada nova descoberta tinha mais certeza da minha admiração. Acredito que isso de empatia com uma pessoa que você nem conheça é algo tem motivação apenas pessoal, mas também é um estímulo para continuidade da sua figura amada.

Conheci Kylie naquela época de seu maior destaque a nível mundial. "Can't Get You Out of My Head" a tornou conhecida, foi uma loucura na época pois uma artista com tanto tempo de carreira, só naquele momento tinha alcançado seu melhor desempenho. Pesquisando mais coisa sobre ela e escutando seus trabalhos anteriores ao seu de maior destaque, percebi que houve uma mudança que nem considero sutil, e sim brusca, tanto na atitude dela quanto no seu jeito de cantar.

Antes a Kylie cantava mais "grosso", até brinco, que seu tom era feio, mas para aquele contexto dos anos 90 fazia muito sentido, além de que ela tinha uma imagem meio de "boneca intocada", era charmoso, mas como sabemos, no início dos anos 2000, nenhum artista com essas características sobreviveria. Veja a Britney Spears, de lolita virgem, se transformou em uma imagem sexy assim como sua música. Considero que a mudança no jeito dela cantar foi fundamental, não ignoro a discografia dela antes disso, mas considero que ela sempre esteve a sombra da Madonna, sempre tentando fazer aquilo que ela já tinha feito.

As mudanças não se restringiam apenas as músicas, mas apelo visual, saí de cena a menina e entra a mulher sexy. Há uma diferença muito grande entre sexy e vulgar, e isso admiro em uma mulher quando ela consegue esbanjar sensualidade sem parecer uma piranha, e cantando com aquela voz suave e estridente, não tinha como não se apaixonar por ela, era ao mesmo tempo minimalista e provocativo, pois rompia com as divas 90's de gritos e vozes esganiçadas. Estava sendo recriada a música eletrônica, Kylie Minogue estava se reinventando, desta vez estava criando a imagem que muitos de nós lembram até hoje, sou dessa época de ouro dela.

Não aproveitar aquele momento seria péssimo para sua carreira, então nada de ser uma "one hit wonder", o CD "Fever" trazia consigo outras cartas na manga, e mesmo que outras músicas não alcançassem o mesmo sucesso de seu carro-chefe, ainda assim a manteriam em evidência. "Love At First Sight", "In Your Eyes" e "Come Into My World" eram um sopro de vitalidade para sua carreira e para as paradas mundiais, alguns artistas pecam pelo excesso por tentarem ser diferentes, mas Kylie conseguia ser diferente e isso feito com a competência dela tornou-a uma grande artista.

Tudo que descrevi até aqui é só uma breve parte de tudo que ela produziu, pois ela tem 25 anos de carreira, ou seja, além de muitos CDs, existem muitas histórias por trás de cada lançamento. Vou me focar no próximo texto apenas em seu novo álbum, "Kiss me once", é uma celebração a própria Kylie Minogue, cheio de referências a ela mesma, moderninho, sexy e na medida certa. Quem tinha ficada meio na dúvida com ela depois do "Aphrodite", pode acreditar, ela não veio pra brincar nesse novo trabalho, mesmo que julgou o CD ao flop, garanto, é um dos melhores da sua carreira. No próximo texto, temos a resenha música por música, até lá!


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